INFECÇÕES CONGÊNITAS e MICROCEFALIA EM FOCO!
Revisão e atualização em infecções congênitas
terça-feira, 26 de abril de 2016
MICROCEFALIA
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
22o CONGRESSO DE PERINATOLOGIA
TEMA : ATUALIZAÇÃO EM TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
Questão:
1) Toxoplasmose identificada por soroconversão na 36o semana de gestação. Ainda indicado iniciar espiramicina?
Resp: deve-se iniciar o esquema tríplice por se tratar de infecção no último trimestre, considerando-se que a taxa de transmissão pode chegar a 100% no último mês de gestação.
1.1) e se essa criança nasce com exames normais , mas o título de IgG aumentar no acompanhamento, deve-se iniciar o tratamento para o RN?
Resp: o tratamento do RN deve ser iniciado, ou melhor continuado (pois iniciou-se no periodo fetal), com esquema tríplice logo após o nascimento e mantido até que haja 2 resultados de IgG descendentes e IgM negativo.
2) Mãe IgM = na gestação e PCR no LA negativo. Suspenso tratamento com espiramicina. Rn com igG igual ao da mãe e IgM negativo. O que fazer?
Resp: manter RN sem medicação e realizar sorologias IgG ao nascer, nos 1o, 3o, 5o , 8 e 12 meses. Caso os resultados sejam descendentes, manter sem medicação. Se ascendentes, iniciar tratamento. Alta quando o resultado for negativo.
domingo, 23 de novembro de 2014
22o CONGRESSO DE PERINATOLOGIA
realizado em Brasília, pela SBP.
Presidente: Dr. Nelson Diniz.
Tive o prazer de ser convidada por Dr. Nelson Diniz participar de mesa redonda com o tema Atualização em Toxoplasmose Congênita.. Após a apresentação, o tempo de discussão com a plateia não foi suficiente para que eu respondesse todas as perguntas. Assim, fiz o compromisso de respondê-las no nosso Blog.
Mas antes de registrar as respostas, faço o registro do meu agradecimento a vocês que estiveram presentes, com interesse de aprimorar o conhecimento sobre o tema> agradeço, ainda, ao Dr. Paulo Margotto, um exemplo de interesse e persistência na seara do aprendizado médico e de coleguismo, ao apoiar os colegas a galgarem novos espaços na profissão, como faz comigo, ao possibilitar a vizualização desse blog através do seu site: www.paulomargotto.com.br
Além dos agradecimentos, parabenizo Dr. Nelson pelo sucesso do Congresso, pela impecável organização em todos os níveis e detalhes. Nós, de Brasília, sabemos quanto esforço e dedicação foram necessários para que tudo acontecesse sem falhas para que nós pudéssemos usufruir desse precioso tempo dispensado ao evento.
Bem, vamos às respostas às dúvidas:
1) Paciente com resultados de IgM positivos em 2 gestações sucessivas, com intervalo de 5 anos.
Trata-se de reinfecção? Qual a conduta para o RN?
Resposta: Caso os valores de IgM sejam permanentemente baixos (abaixo de 3 UI/mL), trata-se, provavelmente de infecção crônica.
Nesse caso, o RN não deverá ser investigado.
Caso o valor de IgM tenha aumentado e seja > que 3 UI/mL, é aconselhável que se a investigação do RN com teste sorológico IgM e IgG, US transfontanela, Rx de crânio, estudo do LCR e exame de fundo de olho. Deverá ser iniciado o tratamento com esquema de pirimetamina, sulfadiazina e ácido folínico e acompanhado no ambulatório para confirmação exclusão ou confirmação diagnóstica.
2) Gestante IgM positiva: iniciar o tratamento do Rn, independentemente do tratamento materno?
Resposta: O tratamento do RN independe do tratamento materno. Caso haja resultado de teste de avidez baixo no 1o trimestre de gestação ou, caso não tenha teste de avidez, o RN deverá ser tratado e submetido aos exames referidos na questão 1. Caso tenha resultado de avidez alta no 1o trimestre de gestação, o RN não deverá ser investigado ou tratado.
3) Deve-se indicar o tratamento do RN mesmo que os exames complementares estejam normais?
Resposta: Sim, caso haja indicação de acordo com as situações referidas nas questões anteriores.
4) Gestante sem resultado de sorologias no pré-natal e resultado de IgG positivo no pós -parto. O que fazer?
Resposta: solicitar IgM da mãe e IgG e IgM do RN. Em caso de IgM positivo da mãe e / ou do RN, realizar exames complementares do RN e iniciar tratamento. Em caso de IgM negativo, acompanhar o RN no ambulatório para exclusão do caso.
Gestante suscetível np pré-natal. O que fazer no pós- parto?
Resp: solicitar sorologia materna. Caso IgG positiva, solicitar do RN (IgG e IgM). Caso IgG maior que ou materno e /ou IgM positiva, realizar exames complementares do RN e iniciar tratamento.
As próximas questões serão respondidas amanhã!
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE TESTES SOROLÓGICOS NA TOXOPLASMOSE
terça-feira, 27 de setembro de 2011
FATORES DE RISCO E PREVENÇÃO NA GESTANTE
Desculpem a ausência...
Como havíamos comentado anteriormente, a prevalência de toxoplasmose entre as gestantes difere em diferentes regiões do mundo. O motivo pelo qual isso ocorre, está associado aos hábitos alimentares e de higiene da gestante.
Os hábitos alimentares tem a ver com a forma de consumos de alimentos. Os hábitos de higiene estão relacionados à lavagem de mãos, contato com terra e fezes de gatos, deatlhados a seguir:
1.3 Fatores de risco
Apenas os gatos são os hospedeiros definitivos do toxoplasma, pois no intestino desses animais se dá a reprodução sexuada. Portanto, não há transmissão pelo contato com qualquer outro animal.
COMO ORIENTAR A GESTANTE SUSCETÍVEL?
Que gestante deverá serorientada? A gestante cujo resultado de sorologia para anticorpos IgG for negativo.
A oreintação deverá ser cuidadosa e detalhada:
Ingestão de alimentos:
1) a carne deverá bem cozida (NUNCA mal cozida ou crua)
2) as verduras devem ser cozidas. No caso de folhas, elas devem ser lavadas com escovimnha e detergente, uma a uma e depois colocadas de molho por 15 min na água com vinagre. NUNCA ingerir folhas fora de casa.
3) o ovo deverá ser mexido ou cozido com gema dura . NUNCA gema mole.
4) o leite deverá ser pasteurizado ou fervido.
5) a água deverá ser filtrada ou fervida
Preparo dos alimentos
1) caso a gestante prepare a carne crua, deverá fazê-lo com luvas e deverá lavar bem as mãos após o manuseio.
2) a faca e o local onde a carne crua foi preparada deverão ser bem lavados antes de entrar em contato com outros alimentos (como, por exemplo as verduras já cozidas)
Contato com gatos:
-Não precisa se desfazer do seu gato...Basta que não entre em contato com as suas fezes, com a caixa de areia
Pratica de jardinagem:
-Caso a gestante goste de trabalhar no jardim/horta, basata que use luve para fazê-lo e que lave bem as mãos.
Bem, espero que os informes tenham sido úteis
Na próxima postagem (04/10) falaremos sobre o diagnóstico na gestante
Abç
Liú
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Liú Campello Porto: Liú Campello Porto: TOXOPLASMOSE CONGÊNITA: a doen...
Estudos mostram que a incidência de soropositividade aumenta com a idade em todas as populações atingindo, no adulto, 40 a 80% conforme a área geográfica estudada. A prevalência varia em diferentes regiões do mundo: 50% a 80% no Brasil, 15,8% nos Estados Unidos, 80% na França e África Central e 10% na Austrália3, 4.
Nos Estados Unidos a incidência de toxoplasmose congênita varia de 1 por 10.000 a 10 por 10.000 nascidos vivos, o que acarreta em 400 a 4000 casos novos por ano. No Brasil, estima-se que ocorram 24.000 casos novos de toxoplasmose congênita a cada ano, com uma estimativa de incidência de toxoplasmose congênita de 1 a 7 casos por 1.000 nascidos vivos no Brasil.
O conhecimento desses dados é imprescindível para termos uma ideia da magnitude da doença, na medida em que as crianças infectadas podem apresentar sequelas neurológicas e oculares. Essas crianças demandam acompanhamento multidisciplinar, na área de saúde e de sua família, além do ônus emocional e financeiro que é gerado nesse longo acompanhamento!